sábado, 28 de fevereiro de 2009

O dia que Dorival encarou a garda


O tal tema referi-se a um curta metragem, que tem como gênero principal em sua abordagem bastante ficção. Este filme foi dirigido por Jorge Furtado e José Pedro Goulart. O seu elenco basicamente é composto pelos seguintes membros, o João Acaiade, o Pedro Santos e Zé Adão Barbosa. A produção do filme foi feita no ano de 1986. A obra reluz algo que se propagou subversivamente, devido a uma brecha muito grande no sistema vigente.
O que o filme relata bem facilmente, são as regras que seguidas em suas medidas, deferida aos própios ocupantes do ambiente tal. O tais soldados sendo submetidos aos seus mesmos critérios de regras, pois na atuação das iguais regras que lhe farão conferidas estes são demasiadamente oprimidos neste papel de opressor. Com isso, eles consolidam para se, sem entendimento dos conceitos que seguem. Não sabem, mais deveriam saber que os tais conceitos tem participação efetiva em sua mesma degeneração.
As cenas do filme são explicita em um sistema carcerário, em que, tal preso revolta-se contra as regras em postas pela sociedade atual. Essas regras constituir-se-ão sob uma forma antiga, deferida na tal cidade perfeita em um dos mais importantes escritos da Antigüidade. A República de Platão, sendo o tal escrito, que aborda demasiadamente o tema de justiça para com sua época em um preâmbulo social, seja ela preponderante talvez para com as demais sociedades e também tenha ela muita influencia nas cenas horripilantes do filme.
Na cidade perfeita ou utópica, construída por Platão na República. De fato foi feita uma maquiagem do conceito de justiça, que se engendrou em nossa contemporaneidade da mesma forma. A condição de justiça que por diversas vezes são injusta, pois existem as regras que nem podem ser explicadas pelos própios que a exercem, como foi visto no curta, ninguém sabe de onde veio a ordem para o preso não tomar banho e ainda sim é visto os soldados acatando as regras, talvez pensando está fazendo o certo.Toda via a nossa humanidade ainda anda submetida a um modelo a ser, sem ao menos sabermos a quem somos,ou a que ser.
Dentro de uma jaula, o preso Dorival, já há muito tempo em confinamento, encontrando-se em situação de desprezo físico e mental, faz um questionamento para tomar banho. O banho foi tolhido pelos demais soldados e patentes maiorais, sem nem mesmo ter passado por um critério comprovativo do não pode. Será que o tal confinado não tem esse direito? Por quê?
Dorival de tanto fazer tumulto na cela é espancado por vários soldados. Pois, só com essa dor corporal e um breve desmaio se sucede o tal banho.
O banho é a ruptura do sistema vigente, mesmo sendo da forma que foi ocasionado. Dorival com sua persistência provoca todos os seus opressores e de um jeito ou de outro ele consegue tomar seu banho feliz, recheado em se, por uma dor anterior.
As dores segundo o filosofo Epicuro, anterior a Platão, são designadas não meramente no sentido de sofrimento ruim, mais sim, se fazendo do processo evolutivo deste ruim, até a chegada da felicidade tão sonhada. Dorival faz esse processo que quebra com a forma platônica utilizando-se analogamente do epicurismo. O regime que preponderava nas regras imposta ao tal Dorival é basicamente abastecido pelos regimes do formalismo de Platão. Já, também é visto muito facilmente que o tal personagem têm total êxito em sua saída desta linha, talvez seja está saída até irracional.
Por fim, o filme é grito mediante ao desconhecido, pois todo homem tem seu limite. Assim Dorival resolve enfrentar a tudo e a todos para conseguir o que mais deseja. O seu desejo é tomar um humilde banho. O filme é o retrato editorial da luta desigual e histórica de diversificadas culturas contra o sistema sem lógica e sem humanidade que ainda prepondera.

Fábio da Paz Oliveira.

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